top of page

Falecimento de Dom Bernardo Bonowitz, primeiro abade de nosso mosteiro

Primogênito de uma família judia,  D. Bernardo (John) Bonowitz nasceu em 30 de abril de 1949 e experimentou um processo de conversão que durou toda a sua adolescência, sendo batizado em 1968 na Abadia Trapista de São José de Spencer (Massachusetts, EUA).

Sua primeira experiência religiosa foi com os Jesuítas, onde ingressou em 1973 e foi ordenado presbítero em 1979, aos 30 anos de idade.



Aos 33 anos, ingressou no citado Mosteiro de Spencer, em 08 de setembro de 1982, onde fez sua formação monástica e exerceu serviço de Mestre de Noviços (1986-1996). Chegou ao Brasil em 15 de julho de 1996, com 47 anos de idade, como terceiro prior eleito de nossa comunidade de Nossa Senhora do Novo Mundo. Quando Novo Mundo se tornou abadia em 2008, ele foi seu primeiro abade.


Com seus livros, palestras e retiros colaborou muito na evangelização em nosso país. Desde 2019, sua saúde começou um rápido e severo declínio, fazendo com que renunciasse ao exercício de seu abaciado em 15 de setembro de 2020 e iniciasse um tratamento de saúde sob os cuidados de nossa casa mãe, a Abadia Trapista de Nossa Senhora de Genesee (New York, EUA).


Dom Bernardo faleceu no dia 19 de janeiro de 2025 em decorrência de demência de corpos de Lewy (LBD), como explicamos anteriormente.


Confiantes na esperança de vida eterna que nos dá o Senhor Jesus Cristo, pedimos a todos orações pelo descanso eterno de nosso querido Dom Bernardo.


Para reflexão nossa reflexão, trazemos umas das sentenças de São Bernardo de Claraval (séc. XII), sobre a morte de Cristo e a nossa:

 

“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto” (Jo 12, 24). Santo e piedoso é recordar quantos benefícios nos proporcionou a morte de Cristo. Temos, então, a solução para nossa morte, o remédio contra a morte eterna, a forma e o modelo para a vida presente, a causa e o efeito da glória celestial. O Filho de Deus nos trouxe a graça de Deus; desviou a ira de Deus. Bebeu da morte para que a morte não engolisse o homem. Como está escrito, partilhou conosco da ira de Deus, para que nós, com Ele, partilhássemos da graça de Deus. (...) [Pela morte de Cristo] tornou-se preciosa aos olhos do Senhor a morte de seus santos. Nossa morte tinha um valor desprezível antes da morte de Cristo, porque inclusive os eleitos desciam aos infernos; por isso ela era amarga para eles, ainda que estivessem em paz, pois submergiam-se nas trevas e não fruíam a divina doçura da visão. Assim, a morte de Cristo nos concede o consolo em nossa própria morte, pois não permanecemos nas trevas, mas no céu.

(São Bernardo de Claraval, Sentenças III, 119 – Biblioteca de Autores Cristianos)

3.095 visualizações

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page